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Mostrando postagens de julho, 2012
É uma índia com um colar, a tarde linda que não quer se pôr. Dançam as ilhas sobre o mar, sua cartilha tem um "A" de que cor? O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou. O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou... E são dois cílios em pleno o ar, atrás do filho vem o pai e o avô. Como um gatilho sem disparar, você invade mais um lugar onde eu não vou. O que você está fazendo? Milhões de vasos sem nenhuma flor. O que você está fazendo? Um relicário imenso desse amor... Corre a lua porque longe vai? Sobe o dia tão vertical. O horizonte anuncia com o seu vitral que eu trocaria a eternidade por esta noite. Porque está amanhecendo? Peço o contrário: ver o sol se pôr. Porque está amanhecendo se não vou beijar seus lábios quando você se for? Quem nesse mundo  faz o que há durar. Pura semente dura: o futuro amor. Eu sou a chuva pra você secar, pelo zunido das suas asas você me falou: O que você está dizendo? Milhões de frases sem nenhuma c
Eu gostei de você como gostava de raspar a bacia em que minha mãe batia a massa do bolo. Foi, sim. E também gostei de você como gostava de andar no meio-fio sem cair nenhuma vez. Gostei de você como gostava de pegar uma maçã na fruteira, subir no meu pé-de-nada (nunca brotava frutinha) e comer tranquila. Gostei de você como gostava da sensação de acabar um livro e sentir como se tivesse voltando de uma longa e incrível viagem. Gostei de você como gostava da tapioca da minha vó, de ser mimada quando gripava, de brincar de amarelinha e de fingir que era cantora. Gostei de você como gostava de Chaves, e de desenho animado. Mentira, mentira, tudo mentira… Ainda gosto.
Quando os teus dedos cansarem de tocar o meu corpo, quando teus olhos perderem o brilho ao sorrir, quando tua mão cansada não quiser mais encontrar a minha, quando o meu cabelo perder o cheiro que você gosta, quando meus poemas perderem a validade, quando nossos corpos juntos não tiverem mais um ritmo compassado, quando não sentirmos mais vontade de dançar juntos, quando nossos beijos ficarem frios, quando nosso encaixe perder as peças, quando tua cama não tiver mais espaço pra mim, quando meu retrato na tua cabeceira for só mais uma foto de uma estranha, quando teu cachorro não me reconhecer mais na entrada, quando a sua mãe não me olhar e acenar pra mim na rua, quando você ver brilho nos olhos de outro alguém, quando esse outro alguém não te desejar como eu, quando teu coração estiver dilacerado a procura do meu, quando nossas almas acharem a chave da corrente que nos prendeu: eu te liberto
http://letras.mus.br/silverchair/36218/traducao.html Remember today I've no respect for you
I’ve loved you from the first time I saw you. I think I was twelve. It took me three years to pluck up the courage to speak to you… and I was so scared of the way I felt, you know, loving a girl. (…) When we got together, it scared the shit out of me because you were the one person who could ruin my life. I pushed you away. I made you think things were your fault. But really I was just terrified of pain. I screwed that girl Sophia to kind of spite you for having that hold on me. And I’m a total fucking coward because I got.. these, these tickets to Goa for us three months ago. But I couldn’t stand.. I didn’t want to be a slave to the way I feel about you. Can you understand? You were trying to punish me back, and it was horrible. It’s so horrible because.. really, I’d die for you. I love you. I love you so much, it is killing me.
Se você já assistiu “(500) Dias Com Ela” sabe do que estou falando. Vinte e cinco segundos . Eu contei. Vinte e cinco segundos podem representar sua ruína . É o tempo que dura aquela cena no elevador, quando Tom está escutando “There Is a Light That Never Goes Out” e ela, graciosamente chega perto diz “Eu amo os Smiths!” e ainda canta um trechinho da canção feito um gatinho doente, dançando com olhos e pescoços e franjas e todos aqueles quilômetros de lábios róseos feito morango em foto publicitária. Vinte e cinco segundos, cara. E você foi surrupiado de si mesmo e está fodido por uns cinco anos .
Tudo bem. Paro de falar, de pensar, de obedecer meus ímpetos caiofernandoabrelísticos e vou ficar aqui, te olhando com cara de bobo e os dentes postos a rir sem parar, sem motivo qualquer, exercitando os músculos atrofiados da minha cara amassada das noites agora bem dormidas.
"tudo em mim  anda a mil tudo assim  tudo por um fio  tudo estivesse no cio  tudo pisando macio  tudo psiu  tudo em minha volta  anda às tontas  como se todas as coisas  fossem todas  afinal das contas"
"Nina diz que, embora nova Por amores já chorou que nem viúva Mas acabou , esqueceu ."
"Fica por aqui Vem cuidar de mim Vamos ver um filme, ter dois filhos Ir ao parque Discutir caetano Planejar bobagens E morrer de rir"
"E para os tais desse mundo de normais, a vida é andar em corda bamba, mas para aqueles de extremos... A corda é arame farpado."
Mudou-se tudo, de piercings a amores. O que ficava do lado esquerdo agora é no lado direito, e maior. O piercing do nariz, não o meu coração, idiotas.
Você me salva dos problemas não pedindo a minha ajuda, e eu corro pra te ajudar, porque será que a vida é assim? E a que ponto vamos chegar? Se tocar que é tarde demais, é tarde demais pra se tocar, Dear, eu tô indo correndo, levada pelo balanço do mar, tantos anos, tanto tempo e você ainda exita antes de me abraçar? Que coisa é essa de tristeza, minha filha. Larga isso e vem pra cá jantar. Que esse amor que não se acaba mais, que essas feridas que você não deixa cicatrizar, tenho um óleo aqui guardado, cura tudo, até amor mal-amado. Não sou eu quem tô repetindo essa história, é ela que adora uma repetição. O roteiro muda. Muda? Deixa de bagunçar o coração destas meninas, deixa de fingires não amar, meu bem, porque é que estás tão abatida? Tens sangrado por toda a vida, que bela anemia esse coração cortado vai te arranjar! Toma, pega, pode sugar o meu, é O+, e vai com certeza te ajudar, foi projetado pra isso, fui projetada pra isso, pra te salvar, pra te ajudar a escapar, pra te segur
Ainda me lembro muito bem da primeira vez que vi o Caio, e da calça  de couro preto que ele usava. Ele era tão bonito. Fiquei enfeitiçado. Não  posso dizer que a minha relação com o Caio tenha sido um conto de fadas,  aliás, muito pelo contrário. Estava mais para um conto de Caio F., e os escritos dele eram muito mais quentes, úmidos e bem mais salgados que as  histórias infantis; ademais, nem ele nem eu usávamos sapatinhos de cristal.  Ele apareceu de repente na minha vida, partiu muito cedo, mas tivemos  tempo suficiente para nos conhecermos profundamente em todos os sentidos. Dividimos a mesma casa, a mesma mesa, a mesma cama em vários  momentos importantes de nossas vidas e pudemos demonstrar de maneira  muita clara o profundo amor que sentíamos um pelo outro. Tudo isso sempre com muito suor e também com alguma dor, mas também rimos muito, reclamamos muito (ele reclamava mais) e choramos muito (eu sempre chorei mais). Caio era calado, pensava em cada palavra que iria dizer, e eu 
“Eu e minha gata, rolando na selva, rolava de tudo, num covil de  piratas pirados, perdidos na selva...” — um refrão inesquecível.

Resquícios de Caio.F

De todos os rapazes que eu conhecera até então, Caio era o primeiro que eu não conseguia decifrar. Ao contrário do Caloca, eu estava interessada em seus mistérios. Afinal, qual era a dele? Cínico,  louco, tímido, meigo, Caio tinha um jeito meio David Bowie de ser , e  nada ficava muito claro: ele gostava de meninos ou meninas? Queria  ser meu bem, meu zen, meu mal, ou nenhuma das anteriores?  

Resquícios de Caio F.

Nessa época eu namorava o fotógrafo Luis Crispino, com  quem depois me casei. Lembro-me de que uma noite saímos os três juntos, o Caio morava numa vila da rua Melo Alves e estava deprimido  por causa de um namoro que não tinha dado certo, ele era o rei da dor  de cotovelo . A gente saiu, se divertiu, bebeu, curtiu, e quando fomos  deixá-lo em casa, ele fez uma cena, disse que não queria mais viver,  parecia ter encarnado um personagem de Shakespeare ou Nelson Rodrigues, sei lá . E nessas horas, os amigos viravam sua plateia. O Luis  acreditou total no texto dele, ficou passado, com medo de ir embora  e Caio fazer alguma bobagem. Mas eu logo saquei aquele lado escuro  que ele mostrava de vez em quando . Fiquei brava, disse que aquilo  não tinha a menor graça, que a gente ia embora sim e ele ia ficar muito bem. Ele ouviu minha bronca: eu sabia que ele precisava ir para a  máquina de escrever e colocar seus fantasmas no papel.
Ele me dizia: “Você, que é de Aquário , entende destas coisas, sua cabeça também não tem fronteiras.”
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Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maças, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios.“Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?” Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte.  Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.  Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma almaque só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem
“Como explicar, como formular que ele apenas era, sem adjetivos, era, estava sendo, embora sem saber, sem esforço algum-era.”
“E que você sinta vontade de precisar de mim. Mas não só quando houver necessidade, que você sinta isso mesmo tendo passado um dia inteiro comigo, que não veja e nem sinta as horas passando quando estiver ao meu lado, e que nunca seja o suficiente o tempo que passarmos juntos, que você sempre sinta vontade de mais, mais e mais.”
“Seelatefalaassim:comtantosrodeios, éprateseduzireteverbuscandoosentidodaquiloquevocêouviriadisplicentemente . Seelatefossedireta,vocêarejeitaria.”
“Nem ausente, nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, ser-te paz.”
“Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos.” - Martha Medeiros.
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