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Mostrando postagens de abril, 2016
O coração batia rápido, a boca estava seca e pálida e os olhos avermelhados, meio fechados, com certeza havia fumado um baseado antes daquele encontro. Não entendia como conseguia ser tão descuidada, os cabelos estavam desgrenhados, com aparência suja, a roupa era largada e carregava um cigarro entre os lábios. Como alguém assim pode ser tão bem sucedido em tudo que resolvia fazer? Parece piada. - Você está ótima. - Disse, tentando ser educado. - Não minta. É vulgar até para você. - Uau! Quanta graciosidade, Srta. Ribeiro. - Por que se importa com minha aparência? Isto nunca foi realmente importante. - O que você é, também é o que importa. Isso inclui sua aparência, que está ÓTIMA. - Estou embaraçada e com olheiras, voltei a fumar e minhas roupas estão todas sujas. Não minta, Mr. Roark. Conheço-o melhor que a minha coleção de diamantes da Tiffany's. - O que vai querer? -  Excusez-moi , un cappuccino et un café au lait . - Ela olhou para mim e sorriu, voltou-se ao garçom e con

Poema de uma linha só.

Uma ferida aberta, que não cicatriza nunca.
Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva. Caio Fernando Abreu
Preliminares Beijou o pescoço Na curva Onde vira ombro Chupou detrás Da orelha Pediu mais. Desceu a alça Da blusa Sutiã Desceu A boca. Alcançou O seio Roubou um beijo, Mamou Chupou Mordeu Endureceu. Soprou, eriçou Puxou o cabelo Desceu Continuo Descendo Alcançou o umbigo Enfiou A língua Desceu Alcançou Os pelos Lambeu Lambeu Lambeu. Desceu Beijou as coxas Os joelhos Enfiou os dedos Debaixo do joelho Desceu Chupou os dedos Dos pés Subiu Mandou virar de costas Bateu Na bunda Na cara Puxou o cabelo Mordeu a orelha Enfiou com força.
De que vale escrever sobre o que não importa realmente? Ninguém fala sobre as putas, os drogados, os bêbados e os mendigos, só falam de príncipes e elites, em moças com vidas perfeitas e penteados e maquiagens extravagantes. Ninguém fala sobre os fodidos, ora, mas se são estes os que valem a pena. Que se fodam os príncipes, a vida real é um drama, não há tempo para palhaçadas, aqui vive-se no limite, os filhos da puta não enxergam que os loucos são iludidos, os trabalhadores não tem tempo para bobagens e os príncipes e elite só existem em um mundo paralelo a este. Quer saber? Eu quero falar sobre a porra que espirra na cara da prostituta depois que ela transa com um velho como eu, quero falar sobre o álcool, meu whiskey e meu Marlboro atolado de impostos que me fodem mais que um pênis no cu daquela vadia. É isto, o que é feito o que se quer realmente dizer? O que fazemos com essa safadeza? Serei um velho doente? Eu escrevo por que não posso falar em voz alta, as pessoas se ofendem. Es

Amor d+

O tempo passou, já fazem sete anos desde que conheceu o significado de uma pequena epifania, também faria sete anos desde que começou a beber e fumar,m. God! Sete anos desde os primeiros textos, falhas gritantes de português e uma espécie de love killer que em combinação quase destruíram a minha vida. Ou quase me salvaram da destruição... Whathever. Neste meio tempo conseguiu o menos esperado, amou o que desdenhou e alimentou e formentou-a de maneira a duvidar dos próprios sentimentos. Fato é, como fechar os olhos diante de sentimentos fortes, vivos, intensos, cheios de lembrança, quentes, capazes de fazer o coração saltar de maneira gradual e crescente. Bebe e fuma agora cada vez mais que sete anos atrás, e ama neste ritmo também, de maneira gradual... E crescente.

Tudo tem três lados e amanhã semeará outros dados.

Escutei alguém abrir os portões Encontrei no coração multidões Meu desejo e meu destino brigaram como irmãos E a manhã semeará outros grãos Você estava longe, então Por que voltou Seus olhos de verão Que não vão entender? E quanto a mim, te quero, sim Vem dizer que você não sabe E quanto a mim, não é o fim Nem há razão pra que um dia acabe Cada um terá razões ou arpões Dediquei-me às suas contradições, fissões, confusões Meu desejo, seu bom senso, raivosos feito cães E a manhã nos proverá outros pães Os deuses vendem quando dão Melhor saber Seus olhos de verão Que não vão nem lembrar E quanto a mim, te quero, sim Vem dizer que você não sabe E quanto a mim, não é o fim Nem há razão pra que um dia acabe Somos dois contra a parede e tudo tem três lados E a noite arremessará outros dados Os deuses vendem quando dão Melhor saber Seus olhos de verão Que não vão nem lembrar E quanto a mim, te quero, sim Vem dizer que você não sabe E quanto a mim, não é o fim Nem há razão pra qu
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