A: Você é meu companheiro. R: Hein? A: Você é meu companheiro, eu disse. R: O quê? A: Eu disse que você é meu companheiro. R: O que é que você quer dizer com isso? A: Eu quero dizer que você é meu companheiro. Só isso. R: Tem alguma coisa atrás, eu sinto. A: Não. Não tem nada. Deixa de ser paranóico. R: Não é disso que estou falando. A: Você está falando do quê, então? R: Eu estou falando disso que você falou agora. A: Ah, sei. Que eu sou teu companheiro. R: Não, não foi assim: que eu sou teu companheiro. A: Você também sente? R: O quê? A: Que você é meu companheiro? R: Não me confunda. Tem alguma coisa atrás, eu sei. A: Atrás do companheiro? R: É. A: Não.R: Você não sente? A: Que você é meu companheiro? Sinto, sim. Claro que eu sinto. E você, não? R: Não. Não é isso. Não é assim. A: Você não quer que seja isso assim? R: Não é que eu não queira: é que não é. A: Não me confunda, por favor, não me confunda. No começo era claro. R: Agora não? A: Agora sim. Você quer? R: O quê? A: Ser meu companheiro. R: Ser teu companheiro? A: É. R: Companheiro? A: Sim. R: Eu não sei. Por favor, não me confunda. No começo era claro. Tem alguma coisa atrás, você não vê? A: Eu vejo. Eu quero. R: O quê? A: Que você seja meu companheiro. R: Hein? A: Eu quero que você seja meu companheiro, eu disse. R: O quê? A: Eu disse
que eu quero que você seja meu companheiro. R: Você disse? A: Eu disse? R: Não. Não foi assim: eu disse. A: O quê? R: Você é meu companheiro. A: Hein? (ad infinitum)
que eu quero que você seja meu companheiro. R: Você disse? A: Eu disse? R: Não. Não foi assim: eu disse. A: O quê? R: Você é meu companheiro. A: Hein? (ad infinitum)