‎"Ele é um super-homem quando a gente precisa e uma criancinha fofa quando a gente 

também precisa. Meu Deus, agora faço o maior dos 

esforços do ano: por que cacete deixei de gostar desse cara? Chocolatinhos, vinho, som 

ambiente, escurinhos. Ele pára o mundo todo, se 

ajoelha no sofá deixando as mãos no meu colo: “Você não sabe a saudade que eu senti todo 

esse tempo.” Seus olhos se enchem de lágrima

música se torna instrumental matando qualquer outra palavra, a cidade não respira, o tempo 

não existe, a solidão é coisa de gente que mora 

muito longe dali, minha mente aquieta todos os monstros, as mulheres lindas nas capas das 

revistas são empilhadas descartavelmente e viram 

nada, a poluição vira oxigênio puro e cor-de-rosa, o outro homem que é dono sem merecer do 

meu corpo magoado explode no ar deixando 

apenas estrelas para iluminar meu recomeço, as dúvidas todas do que fazer pelos próximos 

mil anos se simplificam porque eu só desejo viver 

aquele momento, sim, sim, sim, eu quero zerar tudo de antes e de depois e amar esse homem 

agora, como antes, como nunca. Por que não?"

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