Que grande merda o grande amor, não acha? Que nos pega tão de mansinho e de repente nos arrasta. Que chega como roupa nova e de repente nos lava na beira do rio, tacando em pedras, esfregando em rochas, mergulhando e afogando em águas correntes. Que grande merda esta metáfora, que finge que o amor nada mais é que um pedaço de pano fodido com prazo de validade, com data marcada. E se for tudo uma grande piada? E se você alimenta algo sozinho e no fim morre de fome? Não seria mesmo uma grande ironia se o amor fosse uma roupa de marca? Lacoste não é roupa de grife, mas se o Tz usa deve valer minhas palavras, pronto. É isso. O amor é uma blusa da lacoste amassada, esfregada e mergulhada na beira de um rio, depois espremida e estendida como se não fosse nada... Pra mim o amor encanto não existe, quando existe fazem piada, ignoram o sentimento, fajutos como o tempo, não valorizam cada vida marcada. E no mais eu fico aqui, sendo trucidada, mergulhada, esfregada, literalmente a beira de um rio, sem fundo, só beira, sem certeza, sem lucidez, com dúvidas que me incendeiam.

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