espelho antigo
Penso que talvez, num canto qualquer da sala, enquanto escrevo, ainda encontrarei a mim mesma novamente.
Olho as fotos de seis anos atrás e me reconheço, mas onde estão as-novas-lembranças?
As pessoas continuam a criar novas lembranças, a maioria um grande tédio é lógico e se for para ser isso, prefiro minha cama com Netflix.
A gente observa as pessoas se tornando um tédio absoluto com suas vidinhas medianas, famílias sendo criadas e novos amigos chegando e acha isso maravilhoso mas eu acho um saco.
Pra mim a gente tem muito que viver, mas não suporta o peso, porque quer ter demais, e se a gente não é aquelas pessoas que sabem ganhar dinheiro trabalhando pouco acaba ficando preso na roda do rato.
Bem, é lá que estou. E no fim não sei se vale a pena me matar assim. Talvez fumando e bebendo até fosse mais devagar. Mas larguei os velhos hábitos.
A garotinha de 15 anos não tinha ideia como cigarros e álcool eram viciantes, como sofri baby, e desejei esse tédio.
Agora olho ao redor e tudo que quero é minha juventude de volta, um pouco dessas drogas legais, música boa, amor ruim e cabelo e maquiagem podres.
Old school, new life. A gente se acha, nem se seja na força.