Crônica:
Nunca fui muito preocupada com minha imagem perante o que chamam de sociedade - isto é, o conjunto de leis inúteis que formam o nosso aparente código moral e ético. - As pessoas, principalmente os jovens parecem entrar em êxtase com o mundo virtual, curvando-se ao sabor de gostos alheios.
O que penso é o seguinte, você faz todo um esforço para parecer legal na foto, e se fotografa infinitas vezes a fim de buscar uma perfeição que não alcançável sequer através desse mundinho particular. A verdade é que muitas pessoas tornaram a internet um ponto de referência para si próprio, tentar provar quem você é, se auto afirmar de uma maneira tão explícita que chega a ser patética. Mas vejam bem, não confundir esse tipo de pessoa aquelas que, muito diferente destes, fazem da internet um meio de empreender e apostar em si mesmo, entrando num mercado livre e ganhando muito bem através de seu good work. Pretendo explicar minha tese mais adiante.
Nas redes sociais, originalmente feita para fazer novas amizades (quando diz-se amizade espera-se que sejam honestas, sinceras e presentes, resumindo, pessoas que realmente consigam modificar sua vida para melhor), além disso para reafirmar os laços já existentes, também é um lugar para formar a sua imagem diante da sociedade, o que para muitos é muito importante, e deve ser se de uma maneira profissional ou séria. Mas não alguém que posta fotos com cara de bobo, do almoço, do sapato, e ainda se vangloria com legendas que tentam transmitir inutilmente uma mensagem impactante, pois bem, só se for como uma martelada no cérebro. Depois disso, vem a maior conquista, contar curtidas, se foram muitas, você se auto reafirma perante si mesmo, provando que precisa realmente daquilo para viver. Não, eu não usei a palavra errada, e sim, de fato isso interfere no desenvolvimento cultural, social e até psicológico de algumas pessoas, que se tornam compulsivas por tais movimentos.
Vai lá, talvez eu esteja sendo um pouco exagerada, mas, ainda vivo na era dos e-mails, das cartas, dos livros, e do teatro. Eu ainda vou ao cinema, mesmo com a existência da Netflix. Esqueço de ver o WhatsApp por três dias, meu iPhone 4s fica descarregado por semanas, eu prefiro olhar tudo pelo computador, e ainda envio SMS. Eu sou mesmo é uma pré-histórica, careta, ou sei lá o que. Mas ao menos, preservo minha imagem. Ontem eu jantei uma mega promoção do Bob's, mas que pena que ninguém pode sentir o desprazer de ver uma foto da minha comida circulando pela internet como se houvesse realmente algo de artístico naquela fotografia. O conceito tá caindo, cadê os leitores de Caio Fernando Abreu e Paulo Leminski, quase não encontro nada sobre o segundo e sobre o primeiro até os aparentemente mais assíduos, aqueles que dedicam páginas ao escritor, são capazes de fazer atribuições equivocadas a citações de outros escritores. É o fim do mundo. Cadê todo o P-O-T-E-N-C-I-A-L intelectual das últimas décadas?
Eu vou lá, preservar minha imagem perante a postumidade dos meus favoritos escritores, longe das lentes e da internet, vou viver a arte, e estudar para fazer arte de verdade, no mais, sobra aos tolos a missão de amostrar-se mais do que se é de verdade, e arcar com os danos cerebrais.
Aconselho que pare imediatamente de ler esse texto inútil e vá ler um livro.
Vá.
O que penso é o seguinte, você faz todo um esforço para parecer legal na foto, e se fotografa infinitas vezes a fim de buscar uma perfeição que não alcançável sequer através desse mundinho particular. A verdade é que muitas pessoas tornaram a internet um ponto de referência para si próprio, tentar provar quem você é, se auto afirmar de uma maneira tão explícita que chega a ser patética. Mas vejam bem, não confundir esse tipo de pessoa aquelas que, muito diferente destes, fazem da internet um meio de empreender e apostar em si mesmo, entrando num mercado livre e ganhando muito bem através de seu good work. Pretendo explicar minha tese mais adiante.
Nas redes sociais, originalmente feita para fazer novas amizades (quando diz-se amizade espera-se que sejam honestas, sinceras e presentes, resumindo, pessoas que realmente consigam modificar sua vida para melhor), além disso para reafirmar os laços já existentes, também é um lugar para formar a sua imagem diante da sociedade, o que para muitos é muito importante, e deve ser se de uma maneira profissional ou séria. Mas não alguém que posta fotos com cara de bobo, do almoço, do sapato, e ainda se vangloria com legendas que tentam transmitir inutilmente uma mensagem impactante, pois bem, só se for como uma martelada no cérebro. Depois disso, vem a maior conquista, contar curtidas, se foram muitas, você se auto reafirma perante si mesmo, provando que precisa realmente daquilo para viver. Não, eu não usei a palavra errada, e sim, de fato isso interfere no desenvolvimento cultural, social e até psicológico de algumas pessoas, que se tornam compulsivas por tais movimentos.
Vai lá, talvez eu esteja sendo um pouco exagerada, mas, ainda vivo na era dos e-mails, das cartas, dos livros, e do teatro. Eu ainda vou ao cinema, mesmo com a existência da Netflix. Esqueço de ver o WhatsApp por três dias, meu iPhone 4s fica descarregado por semanas, eu prefiro olhar tudo pelo computador, e ainda envio SMS. Eu sou mesmo é uma pré-histórica, careta, ou sei lá o que. Mas ao menos, preservo minha imagem. Ontem eu jantei uma mega promoção do Bob's, mas que pena que ninguém pode sentir o desprazer de ver uma foto da minha comida circulando pela internet como se houvesse realmente algo de artístico naquela fotografia. O conceito tá caindo, cadê os leitores de Caio Fernando Abreu e Paulo Leminski, quase não encontro nada sobre o segundo e sobre o primeiro até os aparentemente mais assíduos, aqueles que dedicam páginas ao escritor, são capazes de fazer atribuições equivocadas a citações de outros escritores. É o fim do mundo. Cadê todo o P-O-T-E-N-C-I-A-L intelectual das últimas décadas?
Eu vou lá, preservar minha imagem perante a postumidade dos meus favoritos escritores, longe das lentes e da internet, vou viver a arte, e estudar para fazer arte de verdade, no mais, sobra aos tolos a missão de amostrar-se mais do que se é de verdade, e arcar com os danos cerebrais.
Aconselho que pare imediatamente de ler esse texto inútil e vá ler um livro.
Vá.