Quando dois passa a ser três.

Queria conseguir dissolver toda essa raiva que sinto. Toda essa curiosidade sobre tua vida. Queria não, porque queria é coisa de criança. Quero. Quero entender porque preciso estar de olho em você, preciso te encontrar casualmente em qualquer lugar e ficar simplesmente desnorteada... Por favor, alguém me dê o remédio contra essa raiva que mais parece canina que humana. Quero entender por que os dentes rangem, por que as mãos tremem, por que o estômago embrulha... Ela não tem nada haver com isso, por favor! Eu sei que você a ama, eu também a amo. E ela é minha, ela é minha agora. Ela é mais minha do que jamais fora sua, meu bem. Mas agora tudo parece confuso e a não consigo distinguir raiva, ciume e costume aqui dentro do meu peito. Peito esse que cansou de sangrar por todo mundo e começou a sangrar por conta própria. É... observando agora já faz algum tempo que parei de ser machucada pelos outros e passei a criar motivos sozinha para sentir dor. O último e mais que persistente motivo foi você, meu bem. Não sei se sinto nojo ou inveja, raiva ou apenas curiosidade, mas sei que é algo que já me dominou, que não tenho força alguma pra controlar. Quero entender por que razão você entrou na minha vida, e pra isso chego a pensar absurdos, fazer planos absurdos. Seria possível uma aproximação? Mas eu já prometi a ela que não. Ela, a que acha que você seria capaz de acabar com o nosso amor em um estalar de dedos, com mentiras, com o diabo a quatro. Você seria, não seria? Por favor, eu preciso acreditar que você é mal, preciso acreditar que tudo que eu sinto não é em vão... E eu quero, quero acreditar, deve ser por isso que dói tanto... Será que eu te amo ao invés de odiar?

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