Depois, pensei no quão idiota eu estava sendo por dedicar tanto tempo a alguém como ela. Sentada na janela do ônibus que pego praticamente todos os dias tento desviar os olhos e o pensamento quando me aproximo da casa dela. Talvez eu goste mesmo de sofrer, como alguém me falou numa dessas madrugadas cheia de pernas e cabelos. Madrugada com nome e sobrenome. Madrugada tatuada. Madrugada essa que me fez querer me marcar de uma forma dolorida e eterna. Tento me concentrar em coisas como a cor de uma casa, o porque daquela cor e quem seria o pintor. Até que finalmente olho, não consigo desviar. E então é como se eu estivesse caminhando na beirada de um vulcão prestes a explodir. Se faz sentido? Parou de fazer há muito tempo. Meu ódio vem sendo controlado. Não é possível trancar a mente pra uma pessoa vinte-e-quatro-horas. E mesmo tendo ouvido diversas vezes que o melhor a se fazer era ignorar, a coisa só entrou na minha cabeça quando uma guria com mais de cem anos de alma me aconselhou. Droga, me perdi. Logo aqui, já no fim... Enfim...
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como uma flor selvagem numa floresta do japão.
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