É engraçado como as pessoas fazem besteiras e tornam histórias em coisas em vão. Foi tudo em vão. Sua franja e sub-franja. O copo quebrado. Os sushis comidos com a mão. Os ecos das nossas vozes naquela manhã da qual perdi uma aula(em vão). Quase tatuagens. Cinema com filme que nem lembro mais o nome, mas lembro que você colocou a chinela na frente do refletor. Pra quê serve essas lembranças todas hoje em dia se não podemos sequer compartilhar elas uma com a outra e dar gargalhadas? Tantas subidas e descidas naquelas escadas de shopping, tantas voltas dentro do mesmo, simplesmente para caminhar lado a lado. Me fez comer sorvete de flocos pra quê? Qual a graça de ter compartilhado tantos abraços longos(detalhe pra uma batida de carro atrapalhando o que devia ser o melhor dos abraços)? Qual a graça se você agora me priva de dividir isso com você, se agora me obriga a não falar nada sobre todas essas lembranças simplesmente por não termos mais nenhum amigo em comum? O que eu vou fazer com essas lembranças? Como pode depois de tantas vidas vividas em outros séculos e milênios nós simplesmente nos reencontrarmos nessa e fazermos essa bagaça toda com a nossa relação amizade-amor-amizade-eterna? Não consigo enxergar sentido em você me ver, me ver ali, a menos de um metro, e simplesmente me encarar como uma pessoa nunca vista antes, alguém com maquiagem bonita, acompanhada e que você não conhece. Mas você não conhece? Conhece sim, senhora! Sabe os shows aos quais eu sentiria vontade de ir. Sabe as bandas que eu escuto. Sabe os meus trejeitos de escrever. Sabe até as minhas palavras favoritas. Não consigo compreender o que rola numa cabeça como a sua, não compreendo.
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como uma flor selvagem numa floresta do japão.
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