No cerne do seu ser chove, sentidos que me escorrem pelas mãos. Me faz de campo baldio,  no qual os seus caprichos são inundação. Quando chega do nada, traz pra todo escuro luzes desvairadas. Põe meus sonhos em riste, chora riso, insiste em ser doce e salgada. Eu tenho vontade, mas não tenho vocação, pra viver de chuvarada. O seu porvir irascível, desata pontos fracos dos mortais. Seu feminino é terrível, seu masculino é mouro nos seus ancestrais. Anuvia minha mente, é sempre indiferente aos meus velhos credos. Me acolhe em consolos, me expulsa aos berros tão cruéis e térreos. Não quero piedade, eu só quero compaixão, por meu chão. Ah! você já me tirou do sério, toda vez que chove eu espero, sei que você não gosta do sol...

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