Não sou fã de Mallu, mas queria ser. Queria saber de cor todos os versinhos que ela ainda vai escrever. Queria saber o nome do seu banjo, do seu violão e dos seus ursos. Queria saber seu peso, sua altura e medida dos dedos. Queria saber decorado todas as suas séries de assobios, mas precisaria aprender a assobiar primeiro. Queria amar a Mallu mais que meu vizinho de cima, que a ama desde o seu primeiro disco e tem um retrato dela na parede. Mas eu amo a Mallu. Amo seus solos, sua voz mansa, porém afiada. Cortante. Seus cabelos, seu sorriso de menina-mulher-apaixonada-suave-na-cama. Queria tanto ser fã de Mallu, mas ainda não sou. Amo-a em silêncio, para que não pensem que finjo amá-la por moda ou conveniência. Por Janta ou por tê-la herdado do Hermano. E só a ouço nos dias mais especiais, quando o sol abre e sopra ao meu ouvido esquerdo, onde o fone sempre é mais baixo e posso ouvir os barulhos rotineiros: Hoje é dia de versinhos da Mallu! Aí eu solto o som e vou ao longo do dia mergulhando nos seus porquês, fiu-fius, loucuras e velhices. Mergulho em toda a sua paixão por Camelo. Como pitangas o dia inteiro! Mas um dia eu consigo, um dia viro fã de Mallu. Por enquanto... Bem, por enquanto vou atracando no seu cais, por amor demais. Vou, como ela vai por Angelina. Ou talvez bem mais.
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como uma flor selvagem numa floresta do japão.
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