ISSO
É PLÁGIO
SABIA
AMÉLIE?
ME ESQUEÇA,
E SE POSSÍVEL,
FAÇA O MESMO
COM ISSO QUE
UM DIA SOOU
COMO
SEU



Você não vai se livrar de mim, saudade é um bicho ruim cheio de sede por vingança de quem o deixou procriar e agora o prende numa gaiola. Pássaros são feitos para voar, isso saiu da sua boca com um tom mais forte do que o que eu merecia pra pensar em desistir de você. Asas são feitas para serem usadas, e as únicas mau-aproveitadas são as do pinguins, o que é só uma consequência deles quererem se amarrar ao primeiro par que encontram e não largarem nunca mais. Pura consequência. Puta consequência essa que tenho que enfrentar ouvindo as coisas mais lindas do Nando e reconhecendo que suas cores belas não mais me tiram o sono, me abandonaram noturnamente, mas agora inventaram de me arrancar os dias, as tardes, e tudo que eu quis um dia foi andar de mãos dadas com você pelas peninsulas, golfos, oceanos e terras vermelhas, brancas, amarelas. Tudo entre o nosso elo me parece confuso ainda e meio vago, vago demais e cheio de vagas para pessoas tão mais lindas que nós entrarem. Do que mesmo eu tenho falado ao longo desses tempos cheios de trevas? God! Nunca um texto me saiu tão rápido e subtendido como esse, Zeca Baleiro corrói minha alma as vezes, eu ja comentei? Nunca. Nunca comentei. Ah, Zé, você nunca foi direito e tudo o que coube um dia no meu peito se desfez e coagulou no meu cérebro, agora, penso insesantimente sobre em como isso poderia um dia me fazer sorrir denovo e sentir aquelas pontadas de orgulho e medo que eu sentia quando sentava ao teu lado no chão de uma lanchonete qualquer e tomava um sorvete, forçada. Zé, as tuas duas inicais estão gravadas do lado esquerdo. Do meu pé. Mas essas idéias se desfazem mais rápido que fumaça na frente das minhas retinas quando eu lembro daquela menina que nunca está lá, que mora lá longe, pra lá de Paraná. Lembro que uma mina que por esses dias completou vinte, um dia numa praça me ofereceu uma droga chamada paixão, e, segure-se porque lá vem o clichê: Viciei. Certa vez ela parou o vício e disse: Não! Aquilo marcou tanto no dia, na hora, mas depois, hoje... hoje não passa de nada. E eu me pergunto as vezes porque não é assim agora. Eu sei desde já que preciso de alguém para me dizer um não e me deixar passar, sem nada nas mãos e guardando um coração cansado de apanhar mas muito feliz por ter muita gente ainda pra amar. Se eu conseguisse pôr um fim agora a esse texto eu finalizaria com a palavra não, acho que li certa vez que a última palavra de algo que lemos é sempre a mais marcante, e logo em seguida a palavra mais marcante é aquela que está na nona ou décima linha... Na verdade, acho que acabei de criar essa tése. Ou Não?

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