Não sei, ando distraída o suficiente para esquecer que amo escrever. Não quero dizer coisas duras ou costumeiras, quero apenas ainda ter a coragem de dizer qualquer coisa, que por mais dolorosa que seja, me ajude a não abandonar minha individualidade. Marte seria um bom lugar para pensar, mas quanto será que custa uma passagem para lá? Não sei de onde saiu esse misto de cansaço com tédio que atormenta meu espírito fictício obcecado por Anas e Que Sejam Doces. Tenho vontade de escrever,  soltar muitas coisas sem cara, sem coração, só coisas desconhecidas, coisas que os meus heróis costumavam escrever de chinelo preto na varanda, tardezinha e o cigarro empurrando as cinzas pra dentro da cabeça dos caras, seria foda. Tenho inspiração também, mas essa anda  longe, longe de mim, de casa, dessa capital. Amarelo e azul misturam-se dentro de mim, um colorido pouco colorido mas que ainda sim, quem me dera, ser Cinderella da noite, dama do dia, rodando fora da roda-viva, de mãos dadas comigo mesma, sem rolar da minha própria escada e ficar a beira do meu próprio penhasco. Quero mais, quero tudo, né Caio?

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