Mas todo mundo, querida, algumas vezes morde a mão que alimenta. Morde sempre? Morde quase sempre, sangra. Querida, eu sangro o dia todo por você. Mordi por tanto tempo, essa mão que me alimentou de forma tão vasta, vazia, era bom, mesmo assim. E agora? Mordo o quê? E você? Diz Adeus. Diz Adeus e vai embora, que nessa ciranda de roda, não dá pra continuar. Aqui não tem anel de brilhantes, meu bem, ele caiu das minhas mãos furadas de mordidas suas faz tempo. Decifre, se capaz for, decifre agora o meu amor, meu amor, decifre o que há entre esses dedos com pedaços de papéis, o que há nos papéis, qual é o meu papel nesse
amor?
amor?