O que fazer, Ana? Quando a saudade me derruba até da cama, quando o chão me puxa como uma âncora, quando eu tenho que me utilizar dos bordões dos seus outros mil amores pra me expressar, pra deixar as coisas um pouco mais bonitas. Me salva da selva, vamos pra relva, eu preciso saber pra quem devo começar a escrever. Contos, Cartas, Livros, qualquer coisa e você. Eu e você. Meu amor de mais de duas semanas não me deixa mais, meu amor de mais de mil anos não me deixa ir embora, e você, Ana, cadê você pra responder os meus e-mails, as minhas cartas, fax, telefonemas de um só toque, pra dar aquela ânsia no teu coraçãozinho, que não retorna que não manda sinal de fogo, de raio que o parta, o parta ao meio, em três, mush, amar-ela, e eu, Ana. Vê se não me engana. Já te espero faz tantas semanas, Gessinger é um nome lindo e a voz do cara não sai dos meus ouvidos, tentando lembrar qual era o cheiro do teu umbigo naquele sábado ensolarado em que a lua nos cobriu de amor, e dor. Sem saber de nada que acontece com nós, continuo a re-amar. Fica mais fácil de continuar quando se tem mãos amigas, amores amigos, quando se tem em quem escorar. É fácil demais fazer previsões depois que aconteceu, as peças do seu jogo se encaixaram pouco a pouco, e tua indecisão é pouco pro tamanho da minha admiração pelo teu poder de absorção. Eu quero comer você, eu quero engolir você inteira só com uma palavra, com um, Oi, ou com um, Tchau. Tchau. Ana, trás meus barbitúricos e o Bourbon porque você tá começando a me fazer mal.
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como uma flor selvagem numa floresta do japão.
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